segunda-feira, 3 de janeiro de 2011

Um grande guerreiro angolano combate agora no exército de Jesus Cristo

Carlos Cunha é um homem com 38 anos, cerca de um metro e noventa de altura, duro, com os músculos bem enrijecidos pela vida de guerra que praticamente sempre levou, nos últimos 16 anos serviu o seu país como Oficial de Operações, na elite da policia angolana, a Policia de Intervenção Rápida. Com a sua acção a desenvolver-se quase sempre na frente de combate, ele era um homem temível e muito respeitado pelos que o conheciam.

Um dia, dois missionários de A Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos Últimos Dias encontraram-no e apresentaram-lhe o evangelho restaurado .

Praticamente durante a sua vida ele conviveu com as mais duras realidades, teve de tomar as mais diversas decisões que por vezes implicavam a vida ou a morte, até que um dia o seu coração amoleceu, pediu a sua demissão da policia, deixando surpreso os seus camaradas e os seus superiores, acabou no desemprego, passou fome, viveu na rua, porém não renunciou ao chamamento do Senhor.

Hoje o irmão Carlos Cunha lê as escrituras como se não houvesse o amanhã, tem uma enorme espiritualidade, o homem outrora duro que nem uma rocha hoje comove-se facilmente e as lágrimas afloram-lhe aos olhos com facilidade, ele foi batizado em 2004 e recebeu o sacerdócio de Melquizedeque em 2006.

Este pioneiro mórmon angolano serve no Quórum de Elderes, como segundo conselheiro, curiosamente tem como companheiro, primeiro conselheiro, um outro santo dos últimos dias que tal como ele serviu no exercito e que viria a conhecer o evangelho restaurado no Canadá, quando retornou a Angola teve a grata surpresa de encontrar o seu ex-camarada de armas convertido ao evangelho. Hoje estes dois mórmons, homens de guerra, lutam lado a lado no grande exército de Cristo, com o objetivo de fazer dos homens maus homens melhores e desta forma ajudar a tornar Angola num país de paz e progresso, num pais onde as armas se calaram para que o amor possa imperar entre todos.

1 comentário:

  1. É neste País de contrastes, onde a miséria vive a paredes meias com a riqueza desmesurada, onde a fome divide as ruas com a ostentação, que encontramos histórias de superação e sacrifício, que nos deixam verdadeiramente maravilhados, e com belíssimos exemplos de fé a seguir. Estes dois irmãos, hoje Santos dos Últimos Dias, são homens que honram a camisa branca que vestem, como se sempre tivessem usado nelas umas placas ao peito com um nome Maior ao centro. Foram homens rudes, num passado que lhes serviu de escola de dor e mágoa e que apenas no Evangelho de Cristo encontraram paz. Como alguém já me sussurrou ao ouvido, há neles qualquer coisa de Saulo, ou melhor, de Paulo. Sim, de Paulo, pois hoje são homens convertidos, e que lutam pela causa celestial conclamados nas fileiras dos soldados do Senhor. E como dizem as escrituras, A uma alma faminta, todo o amargo é doce. Que tenhamos nós a sensibilidade (ou a destreza) de aprender nestes exemplos, porque nem mesmo aqueles a quem a vida exigiu outro tipo de conduta, nem mesmo isso impede que a presença do Senhor se manifeste e que toque e mude a vida de quem lhe abre o coração verdadeirmente. Nós, que tanto nos queixamos das nossas pequenas dores, que tanto murmuramos das pequenas contrariedades e que tanto nos sentimos afligidos pelas nossas pequenezas, só assim percebemos o quão abençoados somos -sempre que percebemos que o sol quando nasce, não nasce igual para todos. Por muito que os poetas insistam que sim! Sou grato pelo meu chamado neste País maravilhoso, repleto de gente boa e humilde, povoado por quem sempre sofreu (independentemente do seu estrato social) e ainda assim um povo alegre, bem disposto e cheio de fé. Tenho aprendido mais nestes 8 ou 9 meses do que nos últimos 8 ou 9 anos. E a viagem, ainda agora começou...

    ResponderEliminar

Seguidores